Dia de Santa Paula Montal

26 de fevereiro é a data que comemoramos a festa de nossa fundadora e santa Madre Paula Montal. Por isso, durante toda a semana que vai do dia 25 de fevereiro até o dia 01 de março, iremos comemorar com a seguinte programação:
⦁ Todos os dias refletiremos uma frase de Santa Paula como oração inicial – primeiro horário de aula. Cada aluno irá receber essa frase.
⦁ Teremos dois murais e a imagem de Santa Paula enfeitados.
⦁ Os professores de Ensino Religioso contarão a história de Santa Paula em suas aulas.
⦁ No dia 28 de fevereiro, os professores de Ensino Religioso irão fazer uma celebração das “Sete Fundações de Santa Paula”

Frases de Santa Paula Montal para as orações diárias

25/02 – “Quando falo com o Criador, que não me interrompam as criaturas, pois seria muito tonto deixar o tudo pelo nada.”
26/02 – DIA DE SANTA PAULA – “Salvemos as famílias ensinando as meninas o santo temor de Deus, e que sua Majestade seja glorificada por meio de seus ternos corações.”
27/02 – “Sede almas de oração, só assim progredirá nosso amado Instituto.”
28/02 – “Infiltrai no coração das meninas o amor à oração, a virtude, regai com boas águas e darão bons frutos.”
01/03 – Sempre e em toda ocasião repetia: “Faça-se em tudo a vontade de Deus.”

 

“Salvar a família, ensinando às meninas o santo temor de Deus”

Um pequeno resumo da história de nossa fundadora

A vida de Paula Montal pode ser dividida em três períodos bem definidos, de trinta anos de duração cada um.

Primeiro período

O primeiro abarca a infância e a juventude (1799-1829), que transcorre na sua cidade natal. Paula Montal nasceu em Arenys de Mar, província de Barcelona e Diocese de Gerona, na Espanha, em 11 de outubro de 1799 e foi batizada nesse mesmo dia. Recebeu o sacramento da confirmação em 4 de junho de 1803.

Do matrimônio de seus pais, Ramón Montal e Vicenta Fornés, nasceram cinco filhos, Paula era a mais velha. Porém, na casa paterna viviam também quatro filhos do primeiro casamento do seu pai. Lar muito cristão, tiveram grande cuidado e solicitude em que fosse educada nos mais profundos valores da vida cristã. Órfã aos 10 anos teve que trabalhar como “puntaire”, tecelã, para ajudar a sua mãe levar adiante o sustento da família.

Nesse período tomou parte ativa no apostolado paroquial como membro da Confraria do Rosário e da Congregação das Dores, destacando desde a sua infância e juventude o seu profundo amor por Maria. Foi fiel colaboradora do pároco na catequese de crianças e jovens. Realizou pequenos ensaios docentes. E foi neste período que constatou uma necessidade urgente da Igreja: a educação integral humano-cristã das meninas e das jovens, a promoção da mulher. Fiel ao chamamento do Senhor, decidiu consagrar totalmente sua vida à essa missão.

Segunda etapa da sua vida

A segunda etapa da sua vida (1829 a 1842) se caracteriza por sua atividade como fundadora: estabelecimentos de escolas e formação de seus membros.

Em 1829, superando as dificuldades políticas e sociais de sua época e acompanhada de sua amiga Inés Busquets, se transferiu a Figueiras (Gerona) para abrir sua primeira escola. De 1829 a 1842 realizou uma imensa tarefa educativa em Figueiras, estabelecendo um amplo programa de matérias para meninas em que rompia a discriminação existente em relação aos meninos, no âmbito legislativo municipal e estatal. Ali aparece claramente perfilada sua vocação de educadora, escolápia e fundadora.

Em 1842 estabeleceu sua segunda escola em Arenys de Mar, acentuando o sentido cristão que queria dar às suas escolas. Seguiu para Sabadell em 1846, realizada com o objetivo preciso de colocar-se em contato com os Padres Escolápios, cujo carisma calasâncio se sentia totalmente identificada, pelo menos desde 1837. Queria integra-se à Escola Pia para viver a espiritualidade das Constituições e Regras de São José de Calasanz, além de abrir uma escola para meninas.

Em Sabadell estruturou canonicamente a Congregação com a espiritualidade e as regras calasâncias. Ali professou em 2 de fevereiro de 1847. Porém, no Capitulo Geral acontecido em 14 de março de 1847, não foi eleita superiora Geral, nem Consultora Geral, ficando distanciada da direção do grupo, porém mantendo sua responsabilidade de fundadora.

No decênio 1849-1859 a Congregação cresceu com muita rapidez, tanto geográfica como numericamente, sob o seu impulso direto. Realizou as fundações de Igualada, 1849; Vendrell, 1850; Masnou, 1852; Gerona, 1853; Blanes, 1854; Barcelona, 1857; Sóller, 1857 e Olesa de Montserrat, 1859. De 1852 a 1859 foi mestra de noviças em Sabadell. Nesse período professaram 90 noviças e em termos gerais, de 1829 a 1859, foi a formadora de 130 primeiras religiosas da Congregação.

Terceiro período

O terceiro período (1859-1889) passou na cidade de Olesa de Montserrat, um tanto distanciada da direção do Instituto e trabalhando intensamente no reduzido campo de ação que a obediência lhe havia confiado: a comunidade e as meninas de Olesa de Montserrat. Sua atividade como superiora e diretora abarcou todos os aspectos organizativos da proposta em marcha e do trabalho da casa em sua dupla vertente: comunitária e escolar. Procurou para seu colégio um ambiente de família, onde se irmanavam na alegria com um trabalho escolar intenso e a profunda formação cristã das alunas. Distinguiu-se por seu espirito de oração, amor aos pobres e fidelidade ao cumprimento das Constituições e Regras.

Em Olesa de Montserrat viveu com intensidade todos os problemas e alegrias da Congregação, projetando em sua própria atividade e em todas suas irmãs seu testemunho de vida entregue totalmente a Deus, através da tarefa educativa, e nos últimos anos a uma oração intensa e confiada.

Sua existência foi se apagando lentamente em 26 de fevereiro de 1889, depois de uma dolorosa enfermidade, dormiu suavemente no Senhor, depois de haver exclamado com voz clara e olhar fixo em um ponto: “Mãe, Mãe minha”.

A vida de Madre Paula Montal se define como vocação de amor e serviço à infância e juventude femininas, através da educação cristã e promoção integral das mesmas. Na sua morte, a Congregação das Filhas de Maria, Religiosas das Escolas Pias, por ela fundada, tinha 19 casas, distribuídas em duas províncias, 308 religiosas e 35 noviças.

O reconhecimento de sua vida virtuosa e de sua fama de santidade chegou até nossos dias. E depois de um longo Processo de Canonização, começado em Barcelona em 3 de maio de 1957, o Papa João Paulo II a proclamará Beata em 18 de abril de 1993. Foi Canonizada em 25 de novembro de 2001 pelo Papa João Paulo II.

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